terça-feira, 20 de junho de 2017

A bula da vida...

  “Dos amontoados conselhos recebidos criei a bula da vida e lhe digo estimado amigo: o remédio que enalteces e chamas de cura pode sequer amenizar a minha dor”
                                                                           BULA:
Recomenda-se moderação, entregar-se menos para não haver complicações como mágoas, decepção e/ou frustração.
Pense única e exclusivamente em si mesmo, outros, apenas quando e se lhe sobrar tempo, com isso quando receberes mais, obterá créditos no cofre dos afetos.
EFEITOS COLATERAIS:
 Amizades menos, amor menos, lealdade menos, esforço menos, recompensa menos, entre outros.
Este procedimento é indicado para que no final das contas não haja saldo negativo por se dedicar e não receber o mesmo “valor” de volta.
CONTRAINDICACÕES:
Pessoas intensas possuem um saldo interno imenso demais para regular e sofrem por inúmeras vezes investirem alto em todo tipo de relação e receberem dosagens insuficientes.
POSOLOGIA:
Em adultos a dosagem é máxima.
Ingerir de segunda a sexta no massacre da rotina.
O uso contínuo ativa a substância naturalmente pelo organismo, quando se deixa para trás aquele amigo, quando o conforto do status vai invadindo, quando um amor começa a ficar espremido nos atos de quem por falta de tempo, da distância ou excesso de “conhecidos” agora só olha para o próprio umbigo.


SOLANGE COELHO.